Nossa capacidade de ler e escrever esta sendo destruída a cada dia com o
uso excessivo de smarphones e tablets.Muitas pessoas já não conseguem mais ler
integralmente, elas passam o olho e pronto acham que sabem tudo. Tudo fica mais
superficial, mas também mais estressante. Quanto mais trocamos de tarefas, mais
damos para o nosso cérebro monitorar e memorizar por mais tempo.
Segundo Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e
pesquisador da chamada "psicologia da tecnologia",é possível aprender técnicas simples para aumentar a capacidade de
focar e não se distrair.Veja só:
Imaginemos, por exemplo, a hora do jantar
de uma família comum. Hoje em dia, todos jantam tendo seus celulares consigo. A
sugestão é, no início do jantar, que todos possam checar seus celulares por um
ou dois minutos. Mas depois têm de silenciá-los e virar seu visor para baixo,
para não ver as mensagens chegando.
Após 15 minutos marcados no
relógio, todos recebem permissão para checar o telefone novamente, por um
minuto. À medida que a família se acostuma com isso, aumenta-se gradualmente
esse período de 15 para 20 e 30 minutos.
E assim cria-se tempo para
conversas familiares ininterruptas por 30 minutos, seguido de um minuto para
checar o celular. É uma forma de treinar o cérebro a não se distrair, e isso é
essencial.
Não é um vício – se fosse, teríamos sensação de prazer ao checar nosso
celular. E a maioria de nós não estamos obtendo prazer, estamos apenas tentando
reduzir a ansiedade e a sensação de não sabermos se estamos perdendo algo (uma
mensagem ou informação)
Em escolas que proíbem os aparelhos móveis,
os estudantes os levam escondidos e ficam trocando mensagens debaixo da
carteira. É melhor, então, que os professores os deixem checar em determinados
momentos – por exemplo, a cada meia hora por um ou dois minutos.
Se você veta o uso da
tecnologia, os estudantes vão ficar o tempo todo pensando no que estão deixando
de ver (no celular), nos comentários que a sua foto no Instagram estará
recebendo. E, assim, não vão prestar atenção na aula de qualquer maneira.
Hoje, estudos mostram que a maioria dos adolescentes e jovens adultos
dorme ao lado dos seus telefones e acorda no meio da noite para checá-los. Isso
é péssimo para o seu cérebro, que precisa de blocos longos e consistentes de
sono. E também prejudica o aprendizado. Uma das regras que recomendadas é:
tire seu celular ou notebook do quarto uma hora antes de ir dormir e não se
permita checá-los até o dia seguinte.
A verdade é que não estamos
propriamente “viciados” no uso de tablets e smartfones. O vício proporciona
alguma forma de prazer como recompensa, mas o uso desses aparelhos e das redes
não proporciona isso. Nós estamos vivendo em uma espécie de permanente estado
de ansiedade.
Vale aqui uma dica bem
interessante:
Concentrar-se
significa valorizar alguns estímulos em detrimento de outros. Se
quero me concentrar nos estudos, preciso desconsiderar todos os
outros estímulos ambientais, tidos por exógenos, como sons e
características do local onde estamos, e não ambientais, considerados
endógenos, estes envolvendo fatos e lembranças que podem vir à nossa mente
naquele momento de estudos.
Se não nos concentramos é
porque algo “rouba” a nossa atenção, algo este que não é aquele estímulo
que gostaríamos que prendesse a nossa atenção. Este é o processo em andamento,
acerca do qual precisamos tomar consciência e compreender. No momento estamos tão
empolgados com a tecnologia que somos como crianças em uma loja de doces:
queremos experimentar tudo.
Fica aqui uma observação importantíssima
que salva vidas sobre a campanha do Ministério das
Cidades o "Parada Celular 2013", a campanha que preza pela
conscientização de motoristas:
Com o
slogan: “Trânsito sem celular. Atenda a esse chamado. Seja você a mudança no
trânsito”, a campanha retrata situações cotidianas em que mostra o uso indevido
do celular e o risco desta atitude. No vídeo veiculado nas TVs abertas e
fechadas de todo o País, personagens utilizam o aparelho celular durante suas
atividades normais: um açougueiro corta carne e um marceneiro utiliza a
motosserra enquanto falam ao celular e uma médica ao operar um paciente atende
ao telefone.
As situações
relacionam que o risco de atender o celular durante a execução de ações
cotidianas em algumas profissões não é diferente de utilizar o aparelho no
trânsito. Qualquer uma destas ações podem causar acidentes e até morte.
Dados
revelam que, desde outubro de 2010, o Brasil tem mais celulares do que
habitantes. Atualmente para cada 100 pessoas no País, há aproximadamente 135
celulares.
Agora
seja sincero:
Você é
um desses que quando esta dirigindo fala ao celular e manda mensagens?
Eu já
fiz isso e quase provoquei um acidente grave. Aprendi na dor. Cuidado!
Fonte*BBC Brasil