quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Reflexão

O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.
Bezerra de Menezes

Arrogância na Medicina

Sobre médicos, pacientes e arrogância

Segundo o dicionário Aurélio, arrogância é o ato de atribuir a si mesmo, poder, direito ou privilégio. Pode significar ainda, orgulho ostensivo.
Ser médico não é uma profissão qualquer. Sem desmerecer às outras, mas é, no mínimo, complicado. Principalmente, para o ego. Achar que tem poder sobre a vida humana, que num toque de Midas, se é capaz de salvar alguém da morte ou curar doenças, leva muitos à uma arrogância totalmente desnecessária.

Tenho certeza que alguns escolheram esta profissão por conta da fascinação que este jogo de poder sobre a vida traz. São os que se acham os Deuses do Olimpo. Os que desfilam nos hospitais com os peitos estufados. Abram alas para o Sr Dr passar!
Posso falar com propriedade, porque vivo neste meio. Mas não é só no ambiente universitário ou nos hospitais particulares que estes pseudo-deuses habitam. Ser arrogante com os outros médicos é até esperado, já que competição e hierarquia existe em qualquer ambiente de trabalho. Apesar de achar que quem é arrogante com um colega também o é perante todos.

O pior é ser arrogante com o paciente. Não saber e fingir que sabe. Ditar um tratamento sem oferecer a possibilidade de escolha. Não explicar o que se passa com a saúde do doente. É não olhar nos olhos de quem sofre com medo de não saber o que fazer. É não ter paciência de ouvir.
Sempre achei que ser médico é antes de tudo servir ao outro. É ser clemente diante do sofrimento alheio. E se o paciente não sofre ou não está aflito, no mínimo, tem dúvidas. A grande jóia do médico está em acolher. Fazer um diagnóstico brilhante e estar a par do melhor tratamento? Isto é seu dever como profissional.
Acolhimento não combina com arrogância.

Não é que eu ache que todo médico deva ser um São Francisco de Assis. Não tem que ser santo,abnegado, mas também não pode ser Deus. Tem que ser acessível e tem que estar à disposição do paciente sim. Pelo ao menos naquele momento da consulta. Não gosta de lidar com paciente? Não gosta de ligações no meio do seu dia? Existem várias opções dentro da medicina que não te exigem isto. Mas não dê seu número e finja estar disponível quando realmente não está. Jogue limpo.

Infelizmente, existe também o outro lado da moeda. Pacientes arrogantes. Aqueles que chegam à consulta ditando regras: quer fazer este e aquele exame. O médico só serve para carimbar a guia do convênio. Ou então, ele mesmo faz o diagnóstico e liga para te avisar que estará passando no consultório para pegar a receita do medicamento tal com a secretária...

A relação médico-paciente é deveras delicada, mas é preciosíssima. É o divisor de águas.
Não veria a mínima graça na medicina sem as minhas pacientes. Amo(quase)todas. E me envolvo sim. Não sei ser distante. Posso sofrer junto, mas vibro com cada conquista. Dou o meu telefone como parte da minha função, não me importo. Todos os meus médicos também me deram os deles e já liguei quando estava insegura (principalmente para o santo do pediatra).
Mas não estou aqui para fazer auto-propaganda nem para dizer pieguíces como: "a medicina é um sacerdócio" ou "a medicina é um dom".
Acho que ficaria um pouco arrogante.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Intolerância médica


Cada vez que me deparo com um situação de intolerância, fico a pensar: como pode o ser humano ser tão contraditório? Todos querem ter respeito, consideração, oportunidades, reconhecimento, faz juramento que irão exercer a profissão com dignidade e defesa da vida humana,... e quando precisa por em prática, sua atitude é contrária ao que prega, trata os demais de forma que (com certeza) não gostaria de ser tratado. Deixa os instintos selvagens (animalestos) superarem os sentimentos humanos de amor, de acolhida, ... Acredito que em nenhuma profissão tenha juramento que exclua ou priorize o atendimento por nacionalidade, por cor, por classe, por gênero, ... o planeta Terra é o conjunto e o ser humano não é uma ilha. Todos precisamos de todos para o bem estar, ninguém é autossuficiente. Médico é médico, isto é mais que profissão, é uma missão e quem não assume, precisa deixar que outros assumam pois a população precisa. Médico não é rival de outro médico e companheiro de profissão, são para se completarem em busca de promoverem o bem estar do povo, independente do país que nasceu, que more ou que trabalhe. Importante é exercer sua missão onde quer que esteja e para quem precise. Que Deus ilumine a todos, que estão aqui para fazer a diferença para o bem do povo.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Não se deixe manipular pelos outros

Quando alguém falar que você devia ter feito algo diferente no passado, responda:
“Se você puder me arranjar uma passagem de ida e volta para o tempo de que está falando, terei prazer em fazer o que diz que eu devia ter feito. Mas se não puder...”

Medo dos Jovens

Não realizar objetivos pessoais é o maior medo entre os jovens internautas

O maior medo para 49% dos jovens internautas brasileiros com idade entre 15 e 33 anos é não realizar seus objetivos pessoais. Esse sentimento é o mais citado numa lista de 10 itens analisados na pesquisa sobre o jovem digital brasileiro, realizada pelo painel online CONECTAí, produto da empresa CONECTA, em parceria com o portal youPIX e com o IBOPE Media.

Na sequência aparece o medo de não ser feliz na vida (47%), seguido pelo temor de perder amigos e familiares, comum a 45% dos jovens internautas. O quarto principal motivo de insegurança é não atingir seus objetivos profissionais (44%).

Ter problemas com a saúde, como ficar doente ou incapaz, aparece em quarto lugar, mencionado por aproximadamente 36% dos jovens internautas.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pense bem!

Quando você perceber que para produzir precisa obter a autoriza-
ção de quem não produz nada;
quando comprovar que o dinheiro
flui para quem negocia não com
bens, mas com favores; quando
perceber que muitos ficam ricos
pelo suborno e por influência, mais
que pelo trabalho; que as leis não
nos protegem deles mas, pelo
contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber
que a corrupção é recompensada
e a honestidade se converte em
auto sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua
sociedade está condenada. (Ayn
Rand)